NOTA
OLODUMARÉ (Deus) criou cada ser para cumprir uma função no mundo.
Entregou a cada um uma virtude distinta do outro, nos dando condições e através delas de sobrevivermos de acordo com a essência e habitat pelo qual fomos criados.
Devemos manter intacta nossa originalidade, nos dedicando ao desenvolvimento do próprio talento, dessa forma o reconhecimento chegará independentemente da posição social que cada um ocupe.
Não devemos nos sentir inferiores ou nos entristecermos ao olharmos superficialmente a forma com que os demais exaltam suas vidas.
Ter uma vida diferente não significa ser inferior, portanto, aceite sua vida e encontrarás em si a sua fórmula certa de viver e você dará certo.
PATAKI
Conta uma história que a mariposa era somente uma larva e, portanto, não podia voar e vivia bem entre a terra, os galhos e folhas. Ela queria ser como os outros animais que voavam e, por isso, foi procurar ORUNMILÁ, que a consultou com IFÁ e a aconselhou que voar não era suficiente para manter sua vida, não a faria como os outros animais que nasceram para voar como os pássaros, porém, de qualquer forma, inconformada e com o desejo de ser como os pássaros, a larva insistiu.
Então ORUNMILÁ disse a ela que fizesse algumas oferendas e sacrifícios e levasse tudo às terras de OBATALÁ, que é o senhor da criação. OBATALÁ então a aconselhou que aceitasse a forma pela qual ela havia sido criada para esse mundo, porém a larva obstinada voltou a insistir.
Então, OBATALÁ disse a ela que fizesse um sacrifício no qual passasse um tipo de cera em seu corpo que era um preparado feito por ele e no terceiro dia após esse rito, já lhe haviam saído lindas e vistosas asas com lindas cores e a mariposa saiu voando.
Por suas vistosas cores, a mariposa chamou atenção dos homens, quem começaram a caçá-las e assim matá-las.
Então a mariposa retorna em busca de ajuda com o adivinho ORUNMILÁ, arrependida, porque já havia perdido sua essência, havia perdido sua segurança, havia perdido sua paz a e sua estabilidade naquelas condições, porém este a consultou e disse:
“Tu querias voar e eu te orientei para que isso acontecesse, o mais o que fazer com o que escolheste hoje, está em tuas mãos, já não posso mudar”.
Ifá Ni L’Órun