Havia um indivíduo que era AWÓ NI ORUNMILÁ e os sábios os aconselharam que ele iria ver um pleito, lio ou tragédia. Que não se metesse e que não poderia averiguar o que havia acontecido, já que isto poderia prejudicá-lo muito. Também disseram que não fosse avarento e que jamais levantasse a mão a uma mulher e muito menos a uma filha de OSHÚN.
Este AWÓ era desobediente, esquecido, caprichoso e só fazia o que ele tinha vontade e não dava importância do que lhe diziam.
Um dia teve um problema em sua casa e saiu.
Estando sentado perto de um jardim, tratando de organizar seus pensamentos para ver que caminho ia seguir, se sentou ao seu lado uma jovem de boa aparência feminina e ambos começaram uma conversa agradável, onde ele contou a ela o momento pelo qual estava passando e a jovem o convidou a ir em sua casa.
O AWÓ então, se lembrou dos conselhos dos sábios e lembrou também que ante a uma situação assim como esta, teria que fazer alguns sacrifícios e oferendas e teria que fazer também na moça, mas não o fez.
Tudo ao princípio ia saído muito bem, mas aconteceu que um dia tiveram uma grande discussão e ele levantou a mão para a moça, golpeando-a de uma forma ruim e em seguida viu o mal que havia feito e saiu de casa e foi para a Casa de seu padrinho, quem o consultou com IFÁ e lhe disse que tudo isso era devido a sua desobediência e que a ele queriam tombar e que se não queria se perder, teria que agir rápido.
O padrinho lhe fez os sacrifícios necessários que antes havia indicado IFÁ e mandou buscar a jovem e também lhe fez a mesma coisa e lhe entregou IKOFÁ (a iniciação da mulher em IFÁ) e lhe disse que a partir daquele momento deveria se cuidar das ciladas e armadilhas da vida e que tão breve possa fizesse uma oferenda a OSHÚN.
O AWÓ assim fez como o indicado e novamente voltou a reinar a paz e a tranquilidade. A moça era filha de OSHÚN.
Ifá Ni L’Órun