Havia uma mata de cocos que estava frondosa e carregada de cocos e por isso ela estava muito satisfeita e orgulhosa e pensava que era a mãe mais feliz que existia na Terra, pois tantos filhos que aparentemente gozavam de boa saúde.
Por isso não fazia sacrifícios e nem se consultava com IFÁ, porque entendia que não necessitava, pois gozava ela e seus filhos de perfeita saúde.
Além do que tinha muitos filhos que em caso de necessidade a respaldavam, mas atendiam a ela sem sequer falar sobre religião e muito menos de sacrifícios.
Quando falavam disso, por qualquer circunstância, ela ficava enfadada e logo ficava de mau humor. Mas aconteceu que quando estava mais feliz, deleitando-se com o ar que a natureza brindava, caiu um filho, ou seja, um coco e ela continuou com o capricho de não consultar IFÁ e nem de fazer sacrifícios.
Um dia passou AZOWANO (BABALU AYÉ) ao seu lado e a saudou. Ela não respondeu e mais adiante, AZOWANO se encontrou com ESHÚ e lhe contou o que havia acontecido com a má geniosa mata de cocos.
Este lhe disse que é porque ela se sente feliz e satisfeita e por isso nem se move. Então AZOWANO disse:
SI NO COCORO LLOBI, LLOBI, LLOBI, LLOBI COCORO
Estas palavras pronunciadas por AZOWANO como um adágio (lentamente), quer dizer: “O verme que está dentro do coco, só o coco sabe”.
Pouco a pouco foram caindo os cocos, um a um e os GUSANOS (vermes) comeram as raízes e a mata de coco também caiu.
Todos os cocos e a mata desapareceram, vítimas de uma enfermidade invisível, algo assim como uma enfermidade análoga, por conta da vaidade, do capricho e do orgulho da mata de cocos em achar que nunca iria precisar de ajuda.
Ifá Ni L’Órun