Dono dos raios, do fogo, da guerra, dos Ilú Batas (tambores sagrados) da música, da dança, da bravura viril, representado por um machado de dois lados. Sua cor é o vermelho e branco intercalados.
Shangó representa o maior número de virtudes e imperfeições humanas: Bom amigo, bom pai, trabalhador, valente, adivinho, generoso, justiceiro, bom amante, curandeiro. Concentra-se em Shangó todas as grandes virtudes de um homem, mas também: Mulherengo, violento, brigão, tempestuoso, articulador, autoritário, ambicioso, farrista. SHANGÓ FILHO DIRETO DE OLÓFIN (DEUS), REI DOS REIS. Shangó talvez seja o mais popular entre os orishás. Governa os relâmpagos, os trovões, o fogo e a dança. Shangó é um orishá guerreiro, de inteligência aguda, seu temperamento é irascível, é a própria personificação da virilidade. Shangó se tornou o quarto alafin de Oyó na Terra durante um tempo. Sua esposa legítima é Óbba, mantendo relações amorosas com Oyá, Oshún e Yewá, todas apaixonadas pelo grande Rei. Shangó é um orishá extremamente fogoso, diz um pataki que chegou a existir 200 mulheres para o rei do trovão e ele satisfazia a todas. Shangó é de força e vontade forte e intensa, que ama todos os prazeres da vida, como as festas, o toque dos tambores, as mulheres, os cantos e a comida. Ele é Okanani com Elegbará (Eleguá, Eshú), ou seja, do mesmo coração, sendo eles grandes amigos. Quando contemplamos a rapidez que um raio cai em uma árvore, ou como um fogo que se alastra nos bosques, presenciamos o temperamento de Shangó em ação. Mesmo entregando o tabuleiro de Ifá para Orunmilá em troca da vida, da alegria e da faculdade da dança, seus filhos possuem uma habilidade inata para adivinhação. Em reconhecimento a grandeza desse rei, todos na religião devem tocar a mão ao solo ao mencionar seu nome em sinal de respeito. Shangó simboliza a energia, a criatividade, as articulações, as especulações, o orgulho, a vaidade, a realeza, as alegrias, as festas, a fama, a realeza, a masculinidade, a elevação, a glória, o poder, o dinheiro, o crescimento material, a justiça. Shangó é líder dos orishás guerreiros. Quem lhe criou foi Dadá. Representa a beleza varonil. Shangó é bom pai com seus filhos enquanto os mesmos sejam obedientes. Shangó não admite que seus filhos sejam covardes e injustos. As amantes de Shangó são inumeráveis, sendo suas mulheres próprias e reconhecidas por ele: Óbba, Oshún e Oyá. Óbba vindo como sua legítima esposa, tendo esta por Shangó um amor delirante, onde foi capaz de se mutilar por paixão ao monarca. Shangó recebeu de Olófin (Deus) o mando do mundo, o segredo da vida, tornando-se sua majestade diante do mundo, enviado para governar a Terra. Todos os orishás respeitam Shangó tendo eles uma ligação estreita com o mesmo, por ser Shangó o orishá que representa Olófin na Terra, motivo pelo qual todos devem contar com ele na religião e no mundo, para que tudo que for feito na Terra seja aceito por Olodumaré. Disse que nada no mundo é aceito e abençoado por Olodumaré (Deus) se Shangó não estiver presente. As escritas yorubás expressam que Shangó é um louco que abre todos os caminhos fechados e destrói todos os obstáculos.
Shangó não acredita na morte, não crê no impossível, se tornando um orishá extremamente adorado no mundo inteiro, dado o poder de resolução que Shangó exerce no mundo. Orishá que representa a evolução da vida, da ascensão material, das riquezas e do dinheiro. Shangó é irmão de coração de Obaluayé. Shangó come primeiro quando se coroa este orishá. Ajudou a Obaluayé a curar suas pestes. Seu padrinho é Osain, quem lhe ensinou a magia. O nome Shangó significa: furioso, tempestivo. Shangó é o orishá mais venerado no mundo inteiro dentro da religião. É um orishá temido entre os yorubás, pois repudia os covardes, odeia as injustiças, os preguiçosos, a falsidade, o roubo e qualquer agressão a vida. Shangó é um santo de uma só palavra, reto e justo em suas determinações e sentenças, implacável com as ofensas. Shangó é um selvagem defensor de seus filhos, e seguidores. Shangó proporciona a riqueza, o desenvolvimento material e o poder a seus filhos na Terra, mas não aceita nenhum ato de desonestidade, sob pena de castigá-los duramente. Os Yorubás os veem como um santo mulherengo, irritado, endinheirado, valente, divertido, adivinho, experto, que sobressai em tudo que faz e se propõe. Shangó é o guerreiro mais bravo da religião. Shangó veio ao mundo e repartiu entre os seres humanos a vontade de viver, a obstinação, a alegria, as festas, a esperança. Dizem os yorubás que se Shangó não existisse no mundo, este seria totalmente triste e sem alegrias. Shangó deu a consciência a todos na Terra de como viver intensamente, aproveitando cada segundo da vida. Cada toque de um tambor, cada tom de uma música, cada batuque seja do que for, ali está a essência deste grande orishá E por este motivo não aceita A MORTE; não que tenha medo e sim porque represente a própria vida, o apego pela mesma. Shangó travou grandes batalhas contra Oggún que perdurou por tempos pela posse de Oyá, mesmo sendo eles grandes guerreiros, de forças brutais e inesgotáveis, Shangó saiu vencedor por ser representante da inteligência no mundo, mostrando que em alguns momentos a inteligência deve sobrepor à força bruta. Mesmo assim é bom esclarecer que Shangó e Oggún são orishás que estão ligados espiritualmente, já que os Yorubás/ Lukumis entendem que a defesa dos filhos de Shangó é Oggún e vice e versa. Conta um pataki que: Shangó seduz a bela Yewá desvirginando-a, sendo esta esposa de Olófin e por conta de tal acontecimento Yewá se transfere ao mundo dos espíritos se tornando a direcionadora dos Egguns. Shangó foi castigado por Olófin e por conta de tal acontecimento se dividiu as mãos de Ifá. Shangó foi enviado ao mundo por Olodumaré para transmitir aos homens a alegria e a felicidade. Shangó é o dono de todas as madeiras do mundo. Os filhos de Shangó recebem o título de Oni por serem soberanos na religião. Características dos filhos de Shangó Os filhos de Shangó são voluntariosos, energéticos, altivos, dotados de uma clara e aguda inteligência, conscientes de seu valor, são dados a impulsividade e a cólera. São mulherengos, não se saciam com uma só mulher, não toleram a falsidade nem o engano, são agressivos diante das ofensas. Não obstante, os filhos de Shangó são sumamente ciumentos, protetores e generosos com todos que compõem sua família, fazendo com que todos a sua volta desfrute de sua inesgotável força. Quando um filho de Shangó emite sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, chamam a atenção por onde passam, digno de um rei. São dotados de uma alta estima surpreendente, onde saem vitoriosos de tudo que se propõem na vida. Os filhos de Shangó estão sempre rodeados de muitas pessoas dado o poder de liderança que eles exercem diante da vida, são requisitados e queridos por muitos, onde nunca estão a sós. Não choram diante de uma adversidade, são de sustentar uma guerra até saírem vitoriosos, nunca ateiam uma bandeira de paz e jamais desistem de uma batalha. Graças a seu astral, os filhos de Shangó chegam a ser respeitados por todos e temido por seus inimigos. São amantes vigorosos e de um desejo sexual intenso, onde não se satisfazem com uma só mulher. Um filho de Shangó está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários, e religiosos.
Oluwo Siwajú Evandro Otura Airá Omo Oni Shangó