Afilhado de ADESINA OBARA MEJI, vivia na rua Arzobispo e Calzada do Cerro (HAVANA), onde morreu em 9 de maio de 1959. Sua família é uma das maiores e mais estendidas famílias de IFÁ e diziam que era a que tinha mais capacidade. Família de maior prestígio por serem quem preservaram de forma intacta o conhecimento herdado dos africanos daquela época.
BERNARDO ROJAS cuidou de ADESINA até sua morte e junto a ele aprendeu tudo sobre IFÁ.
ADESINA morre no ano de 1906 e BERNARDO ROJAS se converteu em seu sucessor, herdando as DEIDADES MAIORES de seu OLUWÓ e sob o comando de TATA GAITÁN OGUNDA FUN, assume a direção da Letra do Ano em CUBA.
LETRA DO ANO: Através do Oráculo de IFÁ conhecia-se as orientações e recomendações que deveriam ser cumpridas durante esse ano, com a finalidade de evitar ou vencer obstáculos e dificuldades. Por essa razão a primeira LETRA DO ANO que se realizou em CUBA foi administrada pelo BABALAWÓ ADESINA OBARA MEJI, de origem africana, apoiado fundamentalmente por cinco BABALAWÓS:
Marcos García – Ifalola Baba Ejiogbe
Oluguere (africano) – Oyeku meji
Eulogio Rodríguez – Tata Gaitán Ogunda Fun
José Carmen Batista – Ogbe Weñe
Salvador Montalvo – Okana Meji
Bernardo Rojas – Irete Untedi
As primeiras gerações de BABALAWÓS YORUBÁS-CRIOLAS (mescla de nativos, europeus e africanos), mantiveram fortes restrições na disseminação e uso do fundamento de OLÓFIN (IGBA ODUN). Com isso se pretendia manter a hierarquia tradicional de autoridade, para controlar os procedimentos de iniciação e a disseminação dos segredos de IFÁ e o mais importante, assegurar o caráter dos BABALAWÓS na REGRA DE IFÁ. Dentro da REGRA sabe-se que BERNARDO ROJAS era um dos mais rigorosos no controle sobre a entrega de OLÓFIN.
No entanto, por volta de 1945, um dos mais poderosos BABALAWÓS de HAVANA de nome MIGUEL FEBLES PADRÓN, começou a mudar as regras para se entregar OLÓFIN, passando por cima do veto de BERNARDO ROJAS quem insistia em dizer que a confecção liberal de fundamentos de OLÓFIN era uma “profanação”. O “fabricante” rebelde de fundamentos de OLÓFIN, transformaria o solo, a Regra de IFÁ, pouco depois que a era de BERNARDO ROJAS chegasse a seu fim.
BERNARDO ROJAS, TATA GAITAN, porém mais frequentemente seu irmão PANCHITO FEBLES, se sentiam impulsionados a controlar os caprichos e ambições do impetuoso e forte “MIGUELITO”. No entanto, a família FEBLES era uma família conhecida religiosamente, tanto que PANCHITO, assim como MIGUEL, eram chamados frequentemente por outras Ramas (famílias), para que trabalhassem como “OBÁS” (regentes) nas iniciações de IFÁ em quase todas as Ramas (famílias) de CUBA, devido aos seus conhecimentos.
Dando continuação sobre BERNARDO ROJAS, dele surgiu uma das maiores Ramas (famílias) de BALAWÓS de CUBA.
Todas as demais Ramas (famílias) que existiam naquela época, pediam auxílio a BERNARDO na busca de seus conselhos e de sua orientação e se uniam a ele.
Foi ele quem mais consagrou BABALAWÓS. O outro grande pilar foi a Rama (família) de TATA GAITAN (OGUNDA FUN).
BERNARDO foi considerado o que marcou a segunda geração de Babalawós consagrados em Cuba. BERNARDO foi um exemplo, assim como ADESINA, de respeito, inteligência e religiosidade.
Estabeleceu-se em REGLA – HAVANA, juntamente com ADESINA, ADÉ KOLA e OFUN OMI-ADOLFO FRESNEDA (este último tocou a porta duas vezes, ou seja, saiu de quarto de ORIXÁ e entrou no quarto de IFÁ).
Ifá Ni L’Órun