ÑO CARLOS ADEBI (OJUANI BOKA) Babalawó africano consagrado na Nigéria sendo livre na Província de Camagüey (Cuba), com residência em Havana no município de Regla, encontra-se entre um dos maiores Babalawós ancestrais de IFÁ. Ele propriamente buscou sua liberdade através de sua habilidade, inteligência, sabedoria e Axé.
Em determinado tempo conheceu ADESINA OBARA MEJI, o qual também era africano, porém de outras terras, não se conheciam. Fizeram uma grande amizade e OBARA MEJI contou a ele como havia chegado em CUBA, onde levanta a questão da necessidade de “lavar” o seu IFÁ novamente.
Conseguiram todos os ingredientes necessários e fizeram oferendas e sacrifícios a IFÁ. ADESINA resolveu seu problema graças ao apoio de ADEBI e assim se mostrou a ação de AWÓ SUDIDU AWÓ SUDIDE, um irmão ajuda o outro.
Entre os dois consagraram OGBE WEÑE BONIFÁCIO VALDES, primeiro “mulato crioulo” iniciado em IFÁ, posteriormente OGBE WEÑE consagrou JOSÉ GERARDO DE LAS MERCEDES (CHE CHE) OJUANI ALAKENTU.
ADESINA OBARA MEJI só havia consagrado dois Babalawós, um foi para os Estados Unidos e nunca mais se soube dele, o outro foi BERNARDO ROJAS IRETE UNTEDI. Naquela época os dois Babalawós que mais consagraram foram BERNARDO ROJAS IRETE UNTEDI e o outro JOSÉ GERARDO DE LAS MERCEDES (CHE CHE) é, por isso, que são a maior Rama de IFÁ que existe, pois são os principais pilares “crioulos” do ifismo afro-cubano.
CHE CHE faz IFÁ em CARLOS MÉNDEZ BABA EJIOGBE. Este fez IFÁ em LÁZARO MARQUETI OKANA WETE e a GERARDO GALÁRRAGA OGBE ROSO. LÁZARO consagrou vários sacerdotes de IFÁ, chegou a fazer um Babalawó de muito conhecimento, respeito e admiração, chegando todo seu conhecimento, caráter e seriedade a seu discípulo EVELIO FONTS OGUNDA DETE e a seu filho FRANCISCO MARQUETI IROSO SÁ OLU BATA OLO OBATALÁ OMO ODUN.
Vimos aqui um pouco do legado de nossos ancestrais, do esforço para preservar IFÁ como era cultuado na ÁFRICA na antiguidade e graças a eles é que temos o IFÁ que conhecemos nos dias de hoje.
Iboru, Iboya, Ibosheshe
Ifá Ni L’Órun