OKE é um ORIXÁ onde começa a firmeza de nossa consagração religiosa, por isso, precisamente ele é representando por um pedaço de rocha ou montanha, por ser considerado o mais forte e firme através dos ODUN (anos) e, por isso é que adoramos e rogamos a este ORIXÁ por nossa estadia e firmeza nessa Terra.
Os IWOROS (olorixás) sabem para que se usa OKE em nossa consagração, quer dizer, seu OTÁ (pedra) e também o que se oferece a ele.
Ele é o guardião de todos os ORIXÁS e o pilar de OBATALÁ e OLÓFIN. Com ele se faz todos os afoxés (pós) e se maceram as ervas que se utilizam para realizar o OMIERÓ (ervas quinadas) da consagração de ORIXÁ.
É um ORIXÁ de fundamento que não se raspa. É inseparável de OBATALÁ, se oferece o mesmo que para este e fala também por sua boca.
É expressão dos mistérios de OLÓFIN, que vão desde uma erva, até questões que vão muito mais além. Coloca-se OKE junto a OBATALÁ dentro da sopeira e forrado de algodão.
Os afilhados de OMÍ ZAYA (negra YORUBÁ cujo nome é AURÉLIA MORA) o adoram, todavia no chão, debaixo da sopeira de OBATALÁ, segundo o ensinou ADYAÍ LATUÁN, também YORUBÁ.
OKÉ é um ORIXÁ tão importante que representa as cabeças virgens do mundo, aqueles que ainda não são consagrados em ORIXÁS e é o único OTÁ que se utiliza para preparar o AXÉ que leva o iniciado em seu ELEDÁ.
É o encarregado de criar uma das maiores energias dentro das cerimônias, utilizado única e exclusivamente pelo OJUGBONA. Por isso, se diz que depois que um OLORIXÁ ojugboneia seu primeiro ORIXÁ, OKE vive fora de seu OBATALÁ.
Maferefun OKE
Ifá Ni L’Órun