OLÓFIN

OLÓFIN e o nada. Ele em sua altíssima vibração. Não existiam nem tempo nem espaço. Foi então que ele decidiu fazer o tempo andar. Originou uma série de vibrações para tecer o Universo. OLÓFIN soprou fortemente e das partículas de sua respiração se formaram as estrelas e os sistemas planetários. Emitiu finos assovios dos quais surgiram as distintas Deidades.

OLÓFIN determinou que as coisas estivessem separadas umas das outras, a frente, detrás, em cima, embaixo, um lado e outro lado, isto originou o espaço. Ele determinou que tudo tivesse um passado, um presente e um futuro e isto foi a gênesis do tempo.

Como OLÓFIN se sentia sozinho, criou de si mesmo muitas entidades para distribuí-las no espaço durante todo o tempo. Fez mesclando distintas vibrações para diferenciá-las umas das outras. Assim cada uma teria suas próprias características.

Criou primeiro que todos a OLODUMARÉ, para que dominasse os espaços, e a OLORUN para que dominasse a energia. Logo o Universo incluía nosso sistema solar – a Terra e sua Lua, como elemento complementário.

Com propriedade OLÓFIN criou ODUDUWÁ, OBATALÁ e a IFÁ, quem seriam os benfeitores da humanidade futura.

Assoviou a direita e criou as Deidades Maiores, assoviou a sua esquerda e criou as Deidades Menores. Depois atribuiu a cada uma sua tarefa. Por último, emanou incalculáveis pequenas vibrações individualizadas e manteve a emanação vital permanente.

Tantas coisas fez OLÓFIN que isto foge a nossos conhecimentos, mas estão guardadas em sua poderosa memória. Ele deixou estipuladas as leis dos movimentos, deu cores as vibrações por sua ordem, originando a luz.

Estabeleceu o equilíbrio das coisas, a comparação e a superação. Fez com que a Lua “competisse” com o Sol pelo domínio das influências no planeta.

Feito tudo isso, regressou a seu repouso para deleitar-se na contemplação da grande aventura universal.

 

 

Ifá Ni L’Órun