PATAKI:
Na terra TAKUÁ, onde reinava OYÁ (YANSAN), houve uma grande conspiração dos cidadãos que queriam fazer muitas maldades e OYÁ não admitia isso. Quando se inteirou do assunto por ESHÚ, esta foi se consultar com ORUNMILÁ e este, através de IFÁ, lhe aconselhou a fazer algumas oferendas e sacrifícios.
Fez também algumas oferendas a ESHÚ e escondeu tudo no reinado. Quando chegaram os cidadãos a reclamar com OYÁ, esta os ameaçou com uma corrente e começou a matá-los com um chicote e com um facão. Tanto foi o castigo que OBON, que era ORISHÁ dessa cidade, foi ver OYÁ junto com AYAÓ e suplicaram a OYÁ que tivesse piedade desse povo.
OYÁ, comovida pelo canto de sua irmã AYAÓ e pelas súplicas de OBON, perdoou a todos os seus filhos.
NOTA: A pessoa desse Odú quando tiver algum problema deverá assentar AYAÓ e OBON.
OBON: É um OBATALÁ. Tem uma só pedra triangular, uma mão de caracóis (búzios) e 4 (quatro) caracóis do mar. Recebe oferendas 2 (duas) vezes por ano.
AYAÓ (AJAÓ): É a irmã mais nova de OYÁ. É pequenininha, vive entra as raízes da árvore ARAGBÁ. Trabalha com o ar, é feiticeira. Trabalha com OSSAIN, é companheira de ORONIKUIN (que é um OSSAIN fêmea) e da criação (ORO ou ORUN) e YANA. É a deusa da virgindade. Faz-se oferendas a ela em um lugar alto, cheio de flores e 9 (nove) velas acesas. Seu fio de conta (ELEKE) é de nácar, cor de rosa e azabaches (cristais negros).
É moça virgem e é VITAL para os filhos de OYÁ, pois AYAÓ acalma sempre a OYÁ. Não é feita e nem se raspa em ninguém, mas se nomeia quando OYÁ vira, cantando a sua irmã: “ABEOKUTÁ MOFI AYAÓ”.
Seus fundamentos são: 2 búzios grandes (bem grandes). Num deles deve ir cabeças de 9 (nove) peixes distintos (não pode faltar bagre e pargo).
Leva uma flecha com uma cobra atravessada e uma pena (tudo de cobre).
Maferefun AYAÓ
Maferefun OBON
Ifá Ni L’Órun