AS ENTIDADES MALÉVOLAS

OLÓFIN criou o Universo no espaço e tempo e junto a ele as leis que manteriam seu equilíbrio. Estabeleceu dois extremos para o cumprimento dessas regras. Num extremo, se encontram as forças nobres, as que lutam pela harmonia e a manutenção da ordem estabelecida. No oposto estão as contrárias.

Permitiu que as forças do bem inclinassem ligeiramente a seu favor a balança, sempre com o perigo de perder a vantagem, já que o mal fica em torno do bem.

IFÁ transmite ao homem sua sabedoria e lhe disse que: todas as entidades e seres da criação podem ser influenciados por uma ou outra força, já que as mais nobres ou generosas têm suas paixões e vinganças e as malvadas podem abrir a trilha da prosperidade e o bem, ou seja, o bem pode fazer o mal e o mal pode fazer o bem. Tudo depende do conhecimento que se tenha dos distintos caminhos e do arbítrio no cumprimento dos ditos de IFÁ.

Por isso não esqueçamos os conselhos que ORUNMILÁ geralmente nos dá e assim as más influências não atribularão nosso espírito com a desgraça, ainda que tratemos de esconder em uma roupagem de santidade nossos maus pensamentos. O que adicionamos ou subtraímos nos dará a realidade dos méritos adquiridos e as ENTIDADES MALÉVOLAS podem ajudar a fazer um bem, mas devemos tomar cuidado para que suas influências não nos absorvam por completo. Por isso dizemos:

“Use essas ENTIDADES para resolver problemas nobres. Não faça pacto para o mal com elas, para não cair em suas redes. Não repita o erro das ENTIDADES SUPERIORES, pois elas, mesmo cometendo os tais erros, hoje são ENTIDADES e nós estamos na vida material e podemos sofrer todos os efeitos dos maus feitos.

Ao fazer o mal corres o risco de ao morrer, teu espírito seja convertido apenas em mais um instrumento dessas ENTIDADES MALÉVOLAS”.

 

Ifá Ni L’Órun