ILDEÚ – Significa o que tem as portas da morte. É o terceiro dos gêmeos em nossa religião que se utiliza somente para o masculino como o varão que nasce depois dos gêmeos. Na verdade ele é filho de OSHÚN e SHANGÓ. Em um Pataki se explica que ILDEÚ foi raptado de sua terra e levado a outra. Ali se fez AWÓ e por esta razão é o único dos três que tem essa hierarquia. Isto quiçá explica a crença de que ILDEÚ é filho de OSHÚN e de ORUNMILÁ.
A este ORISHÁ se atribui a prosperidade e a estabilidade material. Para muitos IWOROS (religiosos) se recebe para afastar ou quitar a repugnância de muitas coisas ou simplesmente algo que tenha proibido de relevância em seu ITÁ. Por isso, quem recebe acusa quase que de imediato um pacto favorável nesse sentido.
O ORIATÉ WILLY RAMOS aponta o seguinte: “Este ORISHÁ equilibra as pessoas que estão passando um mal momento sentimental e dá firmeza dentro do matrimônio”.
Por esta razão, este autor faz referência a que algumas pessoas o chamam de cupido LUKUMI. ILDEÚ, assim como seus irmãos TAEWÓ e KAINDÉ (primeiro e segundo gêmeos, respectivamente), é de muita utilidade para vencer guerras de todo tipo.
A marca deste ORISHÁ é 5 (cinco) e se sabe que entre seus SEGREDOS leva pedras semipreciosas. Estas se utilizam, já que esta deidade é filho de OSHÚN e ela gosta de riquezas. O número e o tipo de pedras que leva se determina dependendo da Casa de ORISHÁ. O boneco que o representa está vestido de branco durante um ano, depois logo se veste de amarelo. Em algumas casas de ORISHÁS os mais velhos não possuem boneco. Em outras o representam com um boneco todo de gomas e em outras casas é de madeira.
Seu colar ou Eleke é de contas mel e coral. Coloca-se 25 (vinte e cinco) contas cor de mel e um coral.
Este santo também pode ser entregue a um ALEYO (pessoa não iniciada) dependendo do porquê e para que vai se entregar ele.
Há opiniões entre muitos IWOROS que se deve entregar somente aos que passaram pela cerimônia de YOKO OSHA (feitura de santo). Para receber o terceiro gêmeo se devem possuir os outros dois, já que ILDEÚ vive aos pés deles.
Suas ervas são as mesmas que se utilizam para as cerimônias de OSHÚN, ao pé de ILDEÚ para os filhos de OSHÚN.
É um dos ORISHÁS mais queridos da Família de OSHA de FERMINA GÓMEZ (MARIA DEL PILAR GÓMEZ PASTRANA). Segundo alguns estudiosos, foi a primeira a recebê-lo das mãos de sua madrinha MARIA MONSERRAT. Chamado por muitos IWOROS (adeptos) de “o menino que vence os obstáculos”.
É o terceiro dos 7 (sete) gêmeos que há no Panteão YORUBÁ. Existem várias crenças em relação ao nascimento dele. Alguns religiosos opinam que é filho de OSHÚN com SHANGÓ, outros que é filho de OSHÚN OLOLODI com ORUNMILÁ e para outros ainda filho de OSHÚN com AGANJÚ. Porém de acordo a tudo que contém nos Patakis, ILDEÚ é filho de OSHÚN com SHANGÓ. Isto é retratado nos Odús, onde OSHÚN pare os gêmeos. OYÁ os rouba dela e quando ela vai se consultar com ORUNMILÁ ele diz para ela se tranquilizar, pois iria trazer ao mundo outro filho que se chamaria ILDEÚ e este viria para lhe dar graça e muita sorte.
É um pequeno ORISHÁ, mas grande em poderes. Sua marca é de 5 (cinco), assim como OSHÚN. Em muitas casas seu caracol (búzios) vai ao chão e se toma o Odú que sai. Em outras casas não se lança o seu caracol. O que podemos dizer e compartilhar é que todas suas cores são as mesmas de sua mãe OSHÚN, cores de mel, vermelho e dourado.
Sabemos que representa a prosperidade e a solução de problemas de muitos religiosos. Também as mulheres que não podem ter filhos, podem recorrer a ele, buscando fertilidade. Este ORISHÁ é entregado a muitos religiosos, tanto homens, quanto mulheres. Necessita-se primeiro ter recebido os IBEJIS.
É um ORISHÁ muito importante dentro de nossa religião e para milhares e milhares de pessoas ele tem levado muita tranquilidade e tem solucionado a cada problema pelo qual o receberam.
Maferefun OSHÚN
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To Iban Eshu
ASHÉ!
Ifá Ni L’Órun