OKE estava passando muitas dificuldades e se encontrou com ELEGUÁ quem lhe disse: “Veja onde está ORUNMILÁ para que te faça uma consulta e lhe marque algumas oferendas”.
OKE foi à Casa de ORUNMILÁ que o consultou com IFÁ e lhe marcou algumas oferendas e sacrifícios com alguns ingredientes.
ORUNMILÁ disse: “Como já fizestes os sacrifícios, agora procure teu amo e peça um pedaço de terra a ele para que tu possas semear feijões”.
Ele assim o fez e seu amo assim concedeu. Ele arou a terra e a semeou com feijões e sua colheita foi muito boa e abundante e como a de seu amo tinha sido menor e menos abundante, O OBÁ (seu amo) começou a roubar de OKE sua colheita.
OKE se deu conta do que estava se passando e se pôs em emboscada e surpreendeu seu amo lhe roubando.
OKE foi onde estava ORUNMILÁ e lhe disse que seu amo estava lhe roubando. ORUNMILÁ lhe respondeu: “Pegue o tambor com o qual fez os sacrifícios e comece a tocar e a cantar:
“OKE OBA MI OKE MI OLE OMORE YEYE”
Quando o OBÁ (Rei) ouviu o canto de OKE, mandou buscá-lo e lhe disse:
“Vou te dar de presente a terra onde está trabalhando”.
O seu amo fez isso com a intensão de que OKE se calasse.
OKE tomou posse das terras e continuou cantando o SUYERE e tocando o TAMBOR. O OBÁ mandou buscá-lo novamente e lhe deu outro pedaço de terra, mas OKE continuou com seu canto.
O OBÁ mandou buscar OKE de novo e lhe entregou seu ADÉ (coroa) e morreu de vergonha já que não queria que seu povo soubesse que ele havia roubado seu criado.
E assim OKE se tornou o rei daquele povo.
To Iban Eshu
Ifá Ni L’Órun