Era um tempo em que os sacerdotes de ORISHÁS (IYALORISHÁS e BABALORISHÁS) da Terra não estavam cumprindo com as REGRAS de OLÓFIN, atendendo as pessoas de má vontade por seus próprios interesses e fazendo cerimônias de forma incorreta.
Um dia, estava-se celebrando uma feitura de uma DEIDADE na Terra e ESHÚ que está em tudo, viu que estavam tratando de raspar uma DEIDADE que não era a que correspondia com a pessoa em questão, já que não haviam consultado ORUNMILÁ para saber quem era seu ORISHÁ TUTELAR. Assim, ESHÚ foi à casa de OLÓFIN e falou com ele. OLÓFIN ao escutar isto, chamou a OGUN e lhe deu instruções precisas de matar todo aquele que estivesse envolto com essa atrocidade.
ORUNMILÁ que não sabia o que estava acontecendo, foi avisado também por ESHÚ. Porém já havia OGUN chegado à Terra e começou a matar, primeiro aos maiores da casa, depois aos ajudantes da cerimônia. Quando foi matar ao que se estava fazendo a cerimônia de feitura, este foi abraçado por ORUNMILÁ, que disse a OGUN: Ele não é culpado das faltas de seus maiores e de outros representantes de nós na Terra.
Assim ORUNMILÁ salvou ao IYAWÓ (iniciado).
OGUN regressou à casa de OLÓFIN e lhe disse o que havia passado na Terra. Imediatamente, OLÓFIN chamou a ORUNMILÁ e lhe pediu explicações por haver salvado o iniciado. ORUNMILÁ lhe respondeu: O senhor mesmo me deu o mando sobre a Terra e não fui consultado sobre isso.
OLÓFIN lhe disse: “De agora em diante, aquele que mude um ORISHÁ TUTELAR por outro, pagará com sua própria vida. Só o IYAWÓ se salvará, graças a ORUNMILÁ. A pessoa deverá corrigir esta grave situação, RENDENDO HOMENAGENS ao seu verdadeiro ORISHÁ TUTELAR para sempre, já que é filho legítimo deste, desde o começo dos tempos, e a ORUNMILÁ, que é o meu testemunho de quando criei tudo e o testemunho dos pedidos ante mim de cada pessoa antes de sair do céu à Terra”.
TO IBAN ESHÚ
Ifá Ni L’Órun