Em sua trajetória até a terra DAHOMEY, OMOLÚ demorava muito em chegar, pois atravessava um agreste e largo caminho. Então, na terra de SHAKI, encontrou com uma AYABÁ dessa cidade chamada OTANAGOSO.
Esta jovem tinha muitos cabritos grandes e barbudos que serviam de cavalgadura naqueles lugares. Ela ao vê-lo cansado, lhe ofereceu um cabrito (que era o guia de OMOLÚ) para que continuasse a viagem e lhe deu um tipo de emblema, símbolo, para que onde quisesse chegar, seus servidores lhe oferecessem presentes e um cabrito fresco.
O emblema era um grupo de contas de seus colares (fios de conta) e lindas pedras de seu reino que a identificavam como AYABA de SHAKI. Tudo isso formava o emblema que ela tinha lhe dado.
A viagem demorou 5 (cinco) dias desde SHAKI até SAYA. 5 (cinco) paradas se passaram e em cada uma delas, ao mostrar o símbolo, ele recebeu dos servidores de OTANAGOSO, grandes presentes como frutas e caracóis (búzios) para OGBE YONO.
Desde então e até sua coroação em DAHOMEY, cada dia foi maior a fama e o poder de OMOLÚ que despois foi titulado AZOWANO. É por isso que o segredo de OGBE YONO é dar 5 (cinco) ounkó (cabritos) a OSHÚN para ser grande.
Por isso os VODEUNSI de AZOWANO montam em um cabrito em sua cerimônia, em memória da cavalgadura que este fez, desde SHAKI até SAYA e o AWÓ lhe dá o ounkó (cabrito), montado pelo VODEUNSI, 5 (cinco) voltas ao redor de Yaruá antes de tudo, em memória das 5 (cinco) jornadas que renderam OGBE YONO e AZOWANO, como guia e o outro como cavaleiro de SHAKI até SAYA.
Ifá Ni L’Órun