YANZA, este é o verdadeiro nome desse ORISHÁ. YANZA não é da dona dos cemitérios como asseguram muitas pessoas. Ela apenas fica na porta deste e isso não é a principal função de OYÁ, pelo contrário. YANZA representa um dos cinco elementos mais importantes da natureza para o bem desse mundo, como é o vento (Afefe, vocábulo de nosso diateto YORUBÁ). OYÁ vem a ser em nossa religião como uma das primeiras “secretárias” de OLÓFIN.

Acreditamos e sustentamos a crença de que YANZA, quando algo ou alguém vai nascer nesse mundo, é a primeira a ficar sabendo. Assim como também algo ou alguém quando se vai deste mundo, seja em qual lugar for, ela é quem sabe primeiro e por ser ela o vento, o ar, é também a encarregada de comunicar a OLÓFIN das subidas e descidas de espíritos de pessoas ou coisas que ocorram no referido mundo. O primeiro sopro e o último sopro.

E é por isso que se pede muito para OYÁ saúde para os enfermos. Se não fosse o ar, o que seria de nossa existência? E as plantas, os animais, coisas que necessitam de ar para subsistir?

YANZA era casada com OGUN, a quem abandonou por amor a SHANGÓ. OYÁ é mulher do campo. Carinhosa, doce, quando está calma, mas ganhou títulos de OGUN em seus atos violentos, como são alguns dos nomes: “OYÁ FINAMALU, OYÁ YUMUSO, OYÁ MELOGUOLA, OYÁ OCAIDEFE”.

OYÁ é Rainha (Hallaba). YANZA teve um filho: ELEGUÁ, ao qual abandonou e este se chama ELEGUÁ LAROIÉ. OYÁ não come carneiro, mas comia. AGANA OKUN a pariu e quem a criou foi YEMANJÁ e foi ÓBA quem lhe ensinou sobre os complexos de vilas e cidades e a refreou em seus impulsos devastadores.

O rabo de cavalo que se usa para OYÁ se chama AFIZA. OYÁ é pura como o ar, mas vai se contaminando pelo caminho, assim como o próprio vento. E por que é pura e se contamina? Porque quando nasce ou de onde sai o vento, o ar é puro e em sua trajetória vai se poluindo, se contaminando. Muitas vezes o vento parece inofensivo, porém logo podemos ver o seu real poder.

Maferefun OYÁ! Maferefun YANZA! Epkuá Hey OYÁ! Epkuá Hey YANZA!

Ifá Ni L’Órun