Havia um homem cuja situação econômica era péssima, não só no que se referia a economia, mas também nas relações com as demais pessoas.
Um dia esse homem foi fazer uma consulta com ORUNMILÁ e este lhe disse que isso ocorria devido a desatenção que ele tinha com SHANGÓ.
Que SHANGÓ era seu pai e que ele tinha que dar três ajapkuás e cozinhá-las com um pouco de farinha de milho (fubá) e quiabo e depois levar tudo ao pé de uma palma e que chamasse ali por seu pai SHANGÓ.
Aquele homem não acreditou no que ORUNMILÁ havia dito e piorou sua situação a tal extremo que se viu andando de um lado para o outro sem poder estar tranquilo, até que um dia se encontrou com OGUN que lhe disse que ele estava passando por tudo isso por não crer que ele era filho de SHANGÓ.
Então aquele homem em sua ira, lhe disse: Se é verdade que sou filho de SHANGÓ como vocês dizem, que ele me mostre.
Dizendo isso, em seguida trovejou rápido e fortemente, caindo uma descarga elétrica diante dele.
Então o homem, agora convencido de que era filho de SHANGÓ, se ajoelhou na terra e pediu perdão de coração a seu pai por haver duvidado dele.
A partir desse instante, sua sorte começou a mudar ao extremo, que as pessoas que faziam pouco dele no princípio, depois lhe renderam moforibalé (reverência).
Ifá Ni L’Órun