YEMANJÁ ASHABÁ TI GBE IBU OMI

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RAINHA MÃE DOS ORISHÁS

YEMANJÁ descansava no fundo do mar, brincando com as conchas e os peixinhos multicolores. Sentia uma grande nostalgia pela vida na terra e sonhava com seus filhos que há tempos não via.

Logo, entre os sussurros das ondas, ouviu também os tambores BATÁ. Decidiu então enfeitar-se com seus colares e madrepérolas, com suas saias de azuis claros ou intensos como as espumas de seu querido mar. Montada em sua carruagem puxada por golfinhos, se dirigiu à terra para ir ao encontro da festa que estava em seu apogeu na beira do mar.

Ao chegar YEMANJÁ, grande entre as grandes, mulher de extraordinária beleza, ONI (Soberana) foi feito então um grande silêncio para se saudar como se merecia este Orishá a quem todos respeitavam e amavam.

Mas SHANGÓ, altivo, que havia se separado de sua mãe quando criança, sem reconhecê-la, decidiu abrir fogo e a convidou a dançar ao som dos sagrados tambores. Embriagado pela beleza da mulher, pela bebida e pelo seu êxito como dançarino e como Orishá Homem, a chamou para dançar e começou a cortejá-la.

YEMANJÁ se sente ofendida e decide dar-lhe uma lição. Com seus encantos, foi levando SHANGÓ até o mar e o convidou a ir até seu Ilé. SHANGÓ confessou que não sabia nadar e ela, rindo, lhe assegurou que nada lhe aconteceria. Adentrou então seu bote ao mar.

SHANGÓ, extasiado, empregou todos os seus encantos, mas ela se lançou ao mar e o converteu em redemoinhos, em ondas gigantescas. Tal era a sucessão de ondas que o bote virou.

SHANGÓ chama a YEMANJÁ desesperadamente e ela, erguendo-se das águas agitadas lhe disse: “Eu sou sua mãe, respeita-me!”

SHANGÓ lhe pediu perdão e mãe e filho se abraçaram, enquanto as águas voltaram ao seu nível.

OMI Ó ONI YEMANJÁ, OMINARÉU

 

Ifá Ni L’Órun