SHANGÓ é um dos Orishás que mais se fala e é o mais favorável da Religião Tradicional Yorubá. Shangó, também conhecido como Şàngó, Alufina, Xangô, foi um grande guerreiro. Ele é o Orishá dos trovões e raios. Ele é o raio que cai do céu sobre a terra. Quando se escuta um som forte de um trovão rugindo através dos céus, é Shangó, que vem em busca de servir a justiça.
Shangó é visto como um homem alto e bonito, com um físico extremo. Ele sempre, além de suas vestimentas, vestido também com sua pele de tigre evolvendo seu corpo. Sua coroa é firme em sua cabeça e está sempre brilhando. Seus colares (Elekes) são vermelho e branco. Vive em uma panela de madeira, onde seus segredos e instrumentos se mantém. Shangó adora dançar e ele sabe tocar os tambores (batá). Quando ele chega, a festa começa, porque ele sempre dança e impressiona todo mundo que está presente. Ele é também o dono dos tambores (batás), os tambores de “duas cabeças” da Religião Tradicional Yorubá. Quando termina sua dança, corre para tocar os tambores para mostrar suas habilidades.
Shangó é um Orishá de fascínio pela mulher. Um dos seus maiores prazeres é a sedução com as mulheres de onde exalta sua essência viril. Sua dança é sedutora e utiliza da mesma para seduzir as mulheres. Shangó teve muitas relações com mulheres de todas as aldeias. Teve três esposas que ele amava muito, cada uma delas com suas próprias características especiais, Oshún, Óba e Oyá. Amava a Oshún por sua maneira de seduzir e sua astúcia. Óba era muito apaixonada por ele. A relação que teve com Óba era tão pura que ele a tomou como sua esposa legítima e ela foi a Rainha de seu povo em Oyó. Ela foi quem atendia a todas as suas necessidades e se assegurou de que o Rei se mostrasse satisfeito. Ela mantinha o castelo limpo e organizado. Devido a uma armação de sua ciumenta amante Oyá (antes Shangó e Oyá estavam juntos), Óba fez algo tão repugnante que o Rei nunca a perdoou e que pôs fim a seu matrimônio.
Por último Oyá, que Shangó a tomou de seu marido Ogun. Ele a amava porque ela não tinha medo de ninguém. Oyá foi quem deu a faísca de que Shangó necessitava. Ela sempre o surpreendeu. Oyá era uma guerreira que podia suportar tudo para viver ao lado do Rei Shangó. Ela ia com ele a qualquer lugar e a todas as batalhas que ele tivera. Oyá e Shangó hoje se olham no céu, quando se aproxima uma tempestade ou um raio que também é Oyá, flashes (Oyá) no céu (relâmpagos) e pouco depois se ouve um som estrondoso que é Shangó, que é o próprio trovão. Se tiver sorte, ainda dá para se ver também Shangó lançar um raio na terra, que embora seja devastador, é belo, extraordinário.
Ifá Ni L’Órun