ODÚS EM QUE FALA: Oragun, Ofun Ka, Ika Meji, Okana Fun, Okana Ka
Através desses Odús ela fala e responde. Naná foi um caminho de Yembo (Yemanjá). Ela existe desde a criação do mundo e é conhecida por sua criatividade e poder. Sente um certo incômodo para com Ogun, já que este abusou dela. Ogun não quis agradecê-la pelo bem estar que ela lhe proporcionou, pelo contrário, abusou dela. Para ficar independente dos favores de Ogun, os sacrifícios dos animais que come são feitos com facas de cana brava.
Conhece-se Naná como a Mãe das Águas Doces. Naná Burukú é a mãe de Oshún, por essa razão é a Dona das Águas Doces, mas não a Mãe. Por conta de seus mistérios, os Yorubás perceberam que este Orishá era muito velho, assim como o tempo em que ela veio morar nas terras Ararás, por conta das cerimônias dela e de Azouano (Babalu Ayé).
NANÁ – (Nascimento) BURUKÚ – (A Lua), aquela que brilha na Terra nas noites e faz com que esta seja menos sombria e tenebrosa para os seres humanos. Através desse astro, ela dá luz a seus filhos para que nunca percam a luz da vida que ela fornece. Seu trono é de cor branca, com tecidos brocados e prateados, com alguns detalhes em azul claro, cortina de mariwó em cima. Coloca-se panos para Obatalá, Yemanjá e Shangó. O nascimento desse santo é em uma fonte, manancial ou rio natural ou ainda em uma lagoa. Seus animais são sacrificados com faca de madeira de cana brava. No dia em que se vai a mata, se leva uma cesta de quitandas picadas de todos os tipos de frutas, peixe, milho, dendê, mel, aguardente, melão, pano branco e outro azul, se limpa a pessoa e depois enterra-se tudo.
Dá-se de comer duas galinhas D’angola brancas no tronco de uma Ceiba Sagrada (Aragbá) ao amanhecer. Quando o Yawó vai ao rio se levam duas pombas brancas e se dá a Naná ali na beira do rio. No sacrifício de animais não se pode usar metal, usa-se então ferramentas feitas de cana brava.
Ifá Ni L’Órun