Não podemos confundir maldade com justiça, já que a palavra justiça é muitas vezes utilizada pelos que praticam o mal de forma que suas ações não pesem em suas consciências. A maldade está contida em grandes doses nos instintos daqueles que, tendo tudo a seu favor, mesmo assim sempre estão desconfiados, sempre estão em busca de uma razão, um defeito, um motivo ainda que fútil para justificar suas atitudes negativas que provém, nada mais na menos, de suas essências reais.
A bondade é a arma dos que seguem os preceitos de Olodumaré, que plantam o bem diante de qualquer circunstância negativa, que constroem tendo todos os motivos e forças para destruírem.
O mau acredita piamente que ser bom é ser bobo, que com a malicia, a maldade, o engano se vence, mas não se dá conta que Olófin tudo vê, destruindo seus desejos em segundos.
O bom acredita que ser solidário, praticar o bem não é ser bobo, mas sim virtudes daqueles que tem em seus corações o instinto da religiosidade e, não há motivos no mundo que o faça se corromper diante das leis de Olodumaré, e não é com a malicia e sim com sabedoria, não é com maldade, mas sim com merecimentos, não é com mentiras, e sim com ações reais é que se vence.
Os olhos dos homens enxergam a vida distintamente entre si de acordo com os sentimentos internos de cada um, agimos motivados por estes sentimentos. Limpar nossos sentimentos significa aproveitar o lado bom que se encontra em tudo que a vida nos oferece, do contrário impregnamos tudo de bom com maldades e desconfianças infundadas e não aproveitamos nada. Mas vale uma alegria ingênua, que uma desconfiança infeliz.
Olodumaré tudo vê, ele é o grande juiz, estamos todos sob sua supervisão, ele é o dono do mundo, nele está o sim e o não de tudo que a humanidade almeja na vida de acordo com merecimento de cada um.
CONQUISTAS DE AMBOS:
O ser humano mau é castigado da forma mais silenciosa e cruel, muitas vezes imperceptíveis aos olhos dos carentes de sabedoria, primeiro porque necessitam esconder suas frustrações atrás das máscaras de felicidades que são obrigados a vestirem para fingir alegrias, quando na verdade estão chorando, sendo submetidos a viverem refém das aparências para esconder alegrias que nunca viveram, dando um nó na própria alma. Não conseguem compreender a destruição dos sonhos, pouco a pouco gerando a sua volta um universo de frustrações, guerras e perdas matrimoniais, familiares, solidão, se afastando de pessoas essenciais, infelicidade total. O castigo vem com angústia, decepções, arrependimentos, depressões, loucuras que tiram a paz da alma. Não tem castigo pior que o sofrimento interno, a agonia do espirito, aflição, a falta da paz que consome qualquer possibilidade de felicidade. Sofrimento é sentir o próprio espírito morrer estando em um mundo cheio de vida, é ver tudo e não poder ter nada, em outros casos é ter dinheiro e não poder comprar nada. Assim Olófin castiga os maus na terra.
O homem bom não é aquele que não tem problemas, ou tenha uma vida perfeita, mas sim aquele que embora viva seus conflitos e guerras por conta das vicissitudes da vida, no fim vence suas guerras, vence seus inimigos sem sujar suas mãos, supera suas dificuldades, é auxiliado em sua trajetória por pessoas fiéis, bons amigos, boa esposa, bons filhos, são felizes, e todo mal que possa o perseguir os olhos de Olodumaré sempre destruirão e alcançarão a paz interior que é uma das maiores riquezas que se desfruta na Terra, tudo isso são bênçãos que não se manipulam, não se conquistam com maldades, e muito menos com dinheiro e sim com merecimento, POIS NINGUÉM ENGANA A OLÓFIN, e nem recebe o que não merece.
Disse Ifá: Todos aqueles que lutam contra os desígnios e as leis de Olófin e que plantam sobre a Terra sementes do mal, no futuro essas sementes brotaram em suas próprias terras.
Lembre-se que Olófin vigia seu coração, seus pensamentos e seus atos.
O bem é o caminho mais curto para a realização.
Iboru, Iboya, Ibosheshe!!
Oluwó Ifá Otura Aira